Ernest Hemingway

Literatura – Cultura – Escritor do Dia

Nascimento: 21 de julho de 1899 (Oak Park, EUA) – Morte: 2 de julho de 1961 (Ketchum, EUA)

Estilo e gênero: Escritor da “Geração Perdida”, Hemingway é conhecido pelo prosa enxuta e despojada que estabeleceu o estilo vigente na época.

“Escrever e viajar podem expandir o traseiro e talvez a mente, e eu prefiro escrever de pé”

Principais Obras:

 Romances: O sol também se levanta, 1926 – Adeus às armas, 1929 – Por quem os sinos dobram, 1940 – Do outro do rio e entre as árvores, 1950 – O velho e o mar, 1952 – As ilhas da corrente, 1970 – O jardim do Éden, 1986 – Contos: As neves do Kilimanjaro, 1936 – Não ficção: As verdes colinas da África, 1935 – Paris é uma festa, 1964

Comentário: Prodígio do modernismo americano, chamado de ‘papa’ desde que estava na casa dos 20 anos. As 51 anos, quando a maioria dos escritores parece estar apenas concluindo o aquecimento, Hemingway, mergulhado em um oceano de bebida, doença e depressão, parecia ter encerrado a carreira. Mas em 1952, reabilitou-se com O velho e o Mar, que ganhou os prêmios Pulitzer e Nobel de literatura. A imagem de Hemingway e do que ele representa é capaz de obscurecer qualquer um de seus romances. Viveu uma vida incrivelmente movimentada. Aos 18 anos foi trabalhar como motorista de ambulância no front italiano durante a 1ª Guerra Mundial, até ser atingido por uma granada que o deixou com mais de 200 estilhaços na perna. Ao completar 25 anos morava em Paris. Aos 27 consolidoou a reputação literária com O Sol também se levanta. Aos 30 havia enterrado o pai que se suicidara. Em 1942, equipou seu barco de pesca para caçar embarcações nazistas na costa de Cuba. Acompanhou a guerra entre os gregos e turcos em 1922, e a Guerra civil espanhola entre 1937 e 1939 (que inspirou aquele que talvez seja seu melhor romance: Por quem os sinos dobram). Em 1944 documentou o desembarque na Normandia no dia D. A vida levada por um escritor é o maior determinante da natureza de sua expressão literária. No caso de Hemingway, acontece o oposto: Sua vida acabou se aproximando do romance, da aventura, do desespero e da escala épica de sua ficção.

Fonte: “501 Grandes Escritores” – Julian Patrick – Editora Sextante – 2009.

Trecho: “Vigiei-os durante o dia inteiro e eles são homens iguais a nós. Acredito que eu poderia caminhar até a serraria e bater na porta, e seria bem-vindo, exceto pelo fato de que eles têm ordens para abordar todos os viajantes e pedir os seus documentos. São apenas as ordens que nos separam. Aqueles homens não são fascistas. Eu os chamo assim, mas eles não são. São homens pobres iguais a nós. Jamais deveriam estar lutando contra nós, e não gosto de pensar no ato de matar.” (Por quem os sinos dobram – Romance – Bertrand Brasil – 624 págs. – 1940)

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Uma resposta para Ernest Hemingway

  1. Andréia Alda disse:

    Hemingway é apaixonante, seus contos são um show de escolhas lexicais que, na medida, transmitem o recado que lança o leitor à reflexão; o que encanta em Hemingway são as entrelinhas, o que não é dito. Hills like white elephants é perfeito quando se estuda a concisão do texto feita através de palavras rigorosamente escolhidas para ocuparem o espaço em que estão. A Short Happy Life of Francis Macomber é de uma riqueza de temáticas que nem Freud explica. E quem sabe detalhes da vida de Hemingway pode encontrá-lo (Hemingway) em cada um de seus textos…ele está lá…nas pescarias, nas caças na África, na defesa da liberdade da mulher, no desejo de vida leve e sem dor (embora sentisse muita dor…) enfim, Hemingway era intenso, tão masculino, tão sensível, tão forte, tão frágil…tão humano…tão Hemingway…que até hoje tentam imitá-lo, ainda que na aparência, em concursos de sósias nos EUA.

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