E o Vento Levou

Roteiros – Cultura – Filmoteca do Roteirista

 

Direção: Victor Fleming – 1939 – EUA – romance – 217 min. – Roteiro
Sidney Howard a partir do romance de Margareth Mitchel – Elenco
Clark Gable, Vivien Leigh, Leslie Howard, Olivia de Havilland

Sinopse: Scarllet O’Hara é a herdeira de uma fazenda no sul dos EUA (Tara) que é praticamente destruída durante a Guerra de Secessão. Seu amor está dividido entre três homens, Ashley, Charles e o aventureiro Reth Butller.

Comentários: E o vento levou é um marco no cinema de Holywood. É o retrato mais fiel do cinema americano contemporâneo: Grandioso, patriótico, melodramático e egocêntrico. Victor Fleming retrata uma passagem importante da história dos EUA ao construir um panorama da guerra civil americana com foco na sociedade sulina composta basicamente por prósperos latifundiários: escravocratas, religiosos, fúteis. Para o personagem Reth Butller “os sulistas só têm algodão, escravos e arrogância.” Logo no início da ação, durante uma festa, surge a notícia de que a guerra foi declarada e os convidados correm a se alistar. A força do filme está justamente neste retrato histórico e no vigor de personagens como Scarllet e Reth, imortalizados pelas atuações memoráveis de Leigh e Gable.

A fita de Victor Fleming foi premiada com oito Oscars, inclusive o de melhor filme. Há cenas inesquecíveis e a trilha sonora, assinada por Max Steiner, marcou definitivamente a história do cinema. E o vento levou foi o filme de maior bilheteria durante décadas e para muitos é o melhor filme que Holywood já produziu.

Roteiro: O filme foi o ganhador do Oscar de melhor roteiro adaptado. Não obstante o sucesso, há ingenuidade e pieguice demais no roteiro. Algumas personagens, inclusive as principais, beiram o insólito e o humor é importuno em diversas ocasiões. Sobre o desfecho da ação, Rubens Ewald Filho diz que “As pessoas só não se conformam com o final, mas grande parte dos melhores filmes têm final infeliz”. Talvez por isso, finais infelizes, mortes trágicas (muitas vezes fortuitas) e comoção forçada tenham se tornado ferramentas banais dos roteiristas para garantir boas bilheterias, usadas à exaustão pelo cinema americano. E o vento levou foi apenas um dos precursores.

Por: Alexandre Gennari

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