Gilda

Roteiros – Cultura – Filmoteca do Roteirista

Direção: Charles Vidor – 1948 – EUA – Romance – 110 min. – Roteiro: Marion Parsonet – Elenco: Rita Hayworth, Glenn Ford, George Mc Ready

Sinopse: O dono de um cassino salva um jogador que está em apuros e este passa a ser seu homem de confiança. No entanto ele descobrirá que já conhece a mulher do dono do cassino.

Comentários: O homem é voyeur por natureza e fetichista irrecuperável! O sucesso de “Gilda” é prova disso. No filme, Rita Hayworth, que viveu Gilda de forma marcante, não despe nada além das luvas, ainda assim, foi o suficiente para criar o strip-tease mais cultuado da história do cinema. Todo o encanto do filme está justamente aí, na beleza, no mistério e no jogo de sedução de Rita Hayworth, que transformou atriz e personagem, em verdadeiros mitos da sétima arte. Por causa deste streape-tease sugerido, “Gilda” foi proibido para menores de 18 anos no Brasil.

Como dizia o slogan do filme: “Nunca houve uma mulher como Gilda”. E como diz o crítico Rubens Ewald Filho “nunca haverá uma mulher como Rita Hayworth“. Ela se tornou parte do imaginário de toda uma geração e ícone de beleza e sedução na história do cinema. Ainda hoje, o streap sugerido de Gilda pode ser muito mais sensual e excitante do que cenas de nudez total que os filmes modernos não cansam de exibir, muitas vezes sem propósito algum. Gilda ainda é um sonho de consumo, uma incitação ao voyeurismo e ao fetichismo masculinos.

Roteiro: O roteiro de Parsonet é quase uma imitação de Casablanca. Há um triângulo amoroso, um amor do passado, uma relação de amor e ódio, uma casa noturna onde acontece a maior parte da ação, e por aí vai… O jogo de ciúme entre as personagens de Rita e Glenn Ford beira a idiotice e os diálogos não passam de uma tentativa frustrada de reproduzir as falas brilhantes de Casablanca.

Por: Alexandre Gennari

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 Fonte: “Os cem melhores filmes do século 20” – Rubens Ewald Filho – Vimarc Editora – 2001.

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